por Marcela Wolter
Em junho de 2006, os moradores de Aracataca, cidade onde nasceu Gabriel García Marquez, foram às urnas para votar numa eleição popular o projeto do prefeito da cidade, Pedro Sánchez, que propunha mudar o nome de Aracataca para Macondo, cidade fictícia de algumas de suas obras literárias, tais como "Folhas Mortas" e "Cem Anos de Solidão".
O projeto segundo seu idealizador tinha como objetivo homenagear em reverência ao prêmio Nobel de literatura, o principal talento "aracataquense" e também aumentar o turismo da região, fato que constatou após uma viagem pela Europa onde as pessoas com quem conversava não lhe perguntavam sobre as cidades mais importantes da Colômbia, mas sim por Macondo. Sua proposta motivou tanto partidários quanto opositores, que não concordavam em transformar o real em ficção e duvidavam dos bons interesses do prefeito, considerando que seus objetivos eram de um todo marketeiros.
No dia da votação, dos 22 mil habitantes da cidade apenas 3.592 "aracataquenses" votaram, e mesmo com maioria a favor, o projeto não pode se viabilizar por não ter o número mínimo de votantes, 7.600 pessoas segundo as leis colombianas.
Aracataca continua Aracataca e a proposta de mudança de nome mesmo tendo sido exploração ou homenagem não muda o fato de a cidade continuar sendo conhecida como Macondo no imaginário de todos que lêem Gabriel García Marquez.
2 comentários:
Belo post, Marcela.
Tô de olho. Voltei aqui hoje.
Postar um comentário